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O presidente da Comissão de Vencimentos da TAP vai ser ouvido esta quarta-feira na comissão de inquérito à companhia aérea, para explicar a indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis.
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Tiago Aires Mateus é a sétima personalidade ouvida pela comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda, na sequência da polémica indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis, que já fez ‘cair’ um ministro, dois secretários de Estado, uma presidente executiva (CEO) e um ‘chairman’ (presidente do Conselho de Administração).
O presidente da Comissão de Vencimentos deverá também ser questionado sobre o bónus a que a ex-CEO, Christine Ourmières-Widener, teria direito caso cumprisse os objetivos do plano de reestruturação e que, segundo o Jornal Económico, poderia chegar aos três milhões de euros.
Deverá também ser pedido a Tiago Aires Mateus que explique por que não foram assinados os contratos de gestão entre os administradores da TAP e o Estado, que é uma condição para que os bónus sejam pagos.
No início de fevereiro, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu, em declarações aos jornalistas, em Castelo Branco, que “o Estado é pessoa de bem” e vai cumprir o que foi acordado relativamente ao bónus da presidente da TAP, se o processo de reestruturação da companhia for bem sucedido.
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No entanto, em 06 de março, Galamba e o ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciaram a exoneração por justa causa de Ourmières-Widener e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.
Em 21 de março, com os presidentes ainda em funções, a TAP reportou um lucro de 65,6 milhões de euros em 2022, sendo que o plano previa que a TAP tivesse prejuízos ainda em 2022 e só voltasse a ter lucros em 2025.
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