O
Governo reafirma o compromisso de Portugal atingir a neutralidade carbónica até
2050, na apresentação de um roteiro que define cenários macroeconómicos e
apresenta modelos para as emissões de gases com efeito de estufa.
O “Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050” é apresentado esta
terça-feira, numa sessão em Lisboa, na qual participam o ministro do Ambiente e
Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, e o ministro da Economia,
Pedro Siza Vieira.
A neutralidade carbónica significa que as emissões de gases com
efeito de estufa não ultrapassam a capacidade de as remover, por exemplo
através da floresta.
Portugal quer chegar a essa neutralidade em 2050 e as metas e
medidas para tal são apresentadas hoje, compreendendo por exemplo a
eletrificação da economia, a produção de energia solar, a redução das emissões
da indústria ou a redução dos resíduos urbanos.
Nesta cerimónia também se falará de transportes e de mobilidade,
de agricultura e florestas, de água, resíduos e economia circular, de energia e
de indústria.
O roteiro defende que a próxima década será decisiva para
Portugal ser neutro nas emissões carbónicas, com mais setores da economia a
virarem-se para a eletricidade produzida a partir de fontes renováveis.
Já para 2030, pretende-se que 80% da energia produzida venham de
fontes renováveis, chegando aos 100% progressivamente 20 anos mais tarde, de
acordo com dados do Ministério do Ambiente.
É entre 2020 e 2030 que se “deverá verificar uma redução de
emissões mais significativa”, defende-se no documento que será apresentado,
segundo o qual em 2040 os veículos a gasolina deixarão de ser competitivos.
Deixe um comentário