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A confederação nacional de cooperativas agrícolas (Confagri) lamentou nesta quinta-feira, que se continue e premiar e a subsidiar a não produção. A crítica foi formalizada no âmbito da reunião do seu conselho geral do organismo, em Tomar, com o objetivo de debater e discutir as propostas do Plano Estratégico da PAC (PEPAC) 2023-2027.
Manuel dos Santos Gomes, presidente da Confagri, referiu que “os agricultores querem produzir de forma sustentável para que não faltem alimentos à mesa dos portugueses, mas para isso a PEPAC não poderá continuar a premiar e a promover a não produção. É lamentável que se continue e premiar e a subsidiar a não produção”.
“Temos uma grande preocupação económica e social com o prenúncio de faltarem bens alimentares essenciais e com um PEPAC que acentua a não produção, colocando Portugal numa maior situação de dependência e vulnerabilidade, com maiores riscos de falta de alimentos”, afirmou, citado em comunicado.
Por outro lado, também lamentou que as organizações de produtores sejam discriminadas no atual PEPAC, no âmbito das medidas agroambientais.
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“A Confagri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal] considera lamentável que as cooperativas agrícolas e as organizações de produtores saiam negativamente descriminadas do atual PEPAC, no âmbito das medidas agroambientais”, apontou.
Citado no mesmo documento, o presidente da Confagri defendeu que o setor cooperativo é o único com “capacidade para integrar e apoiar os agricultores”, notando que sem este ficarão “à mercê dos mercados, cada vez mais competitivos e instáveis”.
O conselho geral órgão apontou ainda um conjunto de princípios gerais para garantir a sustentabilidade da agricultura e do setor agroalimentar.
Entre eles encontra-se a garantia de um rendimento “adequado e estável” aos agricultores, bem como que os apoios existentes para a promoção de práticas agrícolas sustentáveis são acessíveis a todos.
A isto soma-se a promoção da viabilidade agrícola e florestal e de um maior equilíbrio da cadeia agroalimentar, “apoiando e protegendo os seus elos mais frágeis, que são os agricultores e as suas organizações económicas”.
Por outro lado, a Confagri pede que sejam privilegiados os sistemas de produtores de bens alimentares no âmbito dos apoios da PAC e que as organizações de agricultores sejam reforçadas, em termos da gestão da assistência técnica aos seus associados, bem como da comercialização e internacionalização.
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