//Confinamento reduz 80 a 90% do rendimento da safra de lampreia no Alto Minho

Confinamento reduz 80 a 90% do rendimento da safra de lampreia no Alto Minho

O presidente da Associação de Pescadores do rio Minho e do Mar disse esta quarta-feira que as restrições impostas pela pandemia de covid-19 e o novo confinamento geral representam quebras de 80 a 90% no rendimento com a safra da lampreia.

“Primeiro foram as restrições impostas à restauração. Agora é o confinamento geral. Estamos a falar de uma quebra entre 80 a 90% dos nossos rendimentos nesta campanha. São entre 8.000 a 9.000 euros de rendimento de perdas, por pescador. Esta quebra de rendimento na safra da lampreia terá um impacto no volume anual da nossa atividade, que cairá 60 a 70%”, afirmou hoje à Lusa Augusto Porto.

A pesca da lampreia começou no dia 1 e prolonga-se até meados de abril.

Segundo números avançados hoje à Lusa pelo comandante da capitania de Caminha, Pedro Santos Jorge, responsável pela fiscalização da atividade ao longo daquele rio internacional, este ano, estão matriculadas em Portugal 154 embarcações para a pesca da lampreia e 86 para o meixão, e, em Espanha, 63 para a lampreia e 73 para o meixão.

Augusto Porto explicou que “no arranque da faina perspetivava-se um bom ano de lampreia, mas a pandemia de covid-19 causou a redução do preço do ciclóstomo e a procura, sobretudo pela restauração”.

A lampreia pode medir mais de um metro e pesar cerca de dois quilogramas, sendo considerada uma verdadeira iguaria da região do Minho.