Segundo o gabinete de Nazaré Cabral, o executivo de Luís Montenegro deverá manter as contas equilibradas até 2028 e até com excedentes, mas abaixo dos 1,2% registados em 2023. Deverá ficar em 0,5% este ano e 0,8% nos últimos anos da legislatura.
O crescimento deverá desacelerar para 1,6% este ano e depois irá rondar os 2%, ainda longe dos 3,4% projectados pela AD na campanha eleitoral.
A criação de emprego vai abrandar, mas a taxa de desemprego também mantém uma tendência de descida.
A tendência para os preços é também de descida, a inflação deverá estabilizar em 1,9% a partir de 2027. Este ano, ainda deverá atingir os 2,6%.
A dívida pública deverá descer 19 pontos percentuais até 2028, para próximo de 80% do PIB.
Riscos internos e externos ameaçam contas
No relatório “Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028”, o gabinete de Nazaré Cabral é claro, estas projeções estão condicionadas.
Este é um cenário que até pode correr melhor, caso o Banco Central Europeu acelere a descida dos juros, se verifique um alívio das tensões geopolíticas ou acelere a absorção dos fundos do PRR, “cuja execução deverá atingir o pico máximo em 2026”. No entanto, o contrário também é possível: um agravamento dos riscos que pioram os números orçamentais.
O Conselho das Finanças Públicas alerta ainda para as ameaças internas às contas nacionais, entre elas os grandes projetos de obras públicas como o Aeroporto de Lisboa ou a introdução da Alta Velocidade, as reivindicações salariais das forças de segurança e professores, o alívio fiscal e o reforço das pensões mais baixas.
Deixe um comentário