//Construção com mais 20 mil trabalhadores 

Construção com mais 20 mil trabalhadores 

É certo que o setor da construção está longe de dar sinais de fraqueza. Como frisa o presidente da AICCOPN, “apesar da atual conjuntura nacional, caracterizada por níveis elevados de taxas de juro, por um abrandamento económico e incerteza política, os principais indicadores setoriais apresentam uma evolução positiva”. O número de trabalhadores aumentou para perto de 346 mil, com a integração de mais 20 mil pessoas – o que corresponde ao melhor registo desde o segundo trimestre de 2012 -, o consumo de cimento teve um aumento de 1,8% em termos acumulados até outubro, o montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidas subiu 73% e assistiu-se a uma variação de 33% no montante dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, diz. O investimento e o VAB do ramo da construção apresentaram crescimentos homólogos de 3% e de 3,1%, respetivamente, no terceiro trimestre deste ano.

Manuel Reis Campos está, pois, otimista. No próximo ano, o país terá “dois programas comunitários de apoio a decorrer em simultâneo, o Portugal 2030, com 23 mil milhões de euros e o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] que, em face da reprogramação, possui verbas europeias no montante de 22,2 mil milhões de euros, que têm que ser executadas até ao final de 2026”, lembra. Reis Campos tem ainda a “forte expectativa de que, a partir do segundo semestre de 2024, se inicie uma trajetória de redução das taxas de juro, aliviando os encargos financeiros associados, quer para as famílias, quer para as empresas, perspetivando-se para a habitação uma evolução positiva”.