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A cimeira do clima das Nações Unidas (COP26) adotou formalmente, este sábado, a declaração final da COP26, com uma alteração de última hora proposta pela Índia que suaviza o apelo ao fim do uso de carvão.
A proposta foi feita pelo ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, que no plenário de encerramento pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.
A Índia quis substituir o fim progressivo – “phase-out” por uma redução progressiva – “phase down” -, uma proposta que foi aceite com manifestações de desagrado de várias delegações, como a Suíça, e a União Europeia, e ainda de países mais vulneráveis às alterações climáticas.
Quis ainda acrescentar ao parágrafo o “apoio aos países mais pobres e vulneráveis em linha com as suas circunstâncias nacionais”.
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O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, interveio para dizer que “o carvão não tem futuro”, frisando que “a União Europeia queria ir ainda mais longe em relação ao carvão, consequência da sua própria experiência dolorosa”.
Expressando “desilusão” com a proposta indiana e salientando que continuar a apostar no carvão como fonte de energia não é economicamenye viável, saudou no entanto a “histórica decisão” que considerou ser a declaração final.
A proposta foi aprovada pelo presidente da cimeira com uma inusitada comoção, em que Alok Sharma afirmou de voz embargada “lamentar profundamente a forma com este processo decorreu”.
“Percebo o vosso desapontamento, mas como notaram, é vital que protejamos este pacote” de decisões, declarou.
A ministra do Ambiente suíça, Simonetta Sommaruga, salientou que o texto adotado sai “ainda mais enfraquecido” e que “não é preciso reduzir mas acabar” com o uso de carvão.
Criticou a forma como a alteração foi introduzida, mas afirmou que o grupo da Integridade Ambiental, que inclui a Suíça e cinco outros países, “não quer arriscar sair de Glasgow sem uma decisão”.
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