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A Presidente da Comissão Europeia defendeu esta terça-feira, ao assinar uma parceria com o empresário norte-americano Bill Gates, a necessidade de investir “em inovações de alto risco” para acelerar o desenvolvimento de “tecnologias climáticas críticas”.
“O desafio do clima exige que invistamos em inovações de alto risco e eliminemos o “prémio verde” envolvido na comercialização de novas tecnologias”, disse Ursula von der Leyen hoje em Glasgow, à margem da 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26).
Conhecido por ter sido o fundador da Microsoft, Bill Gates tem agora um novo projeto, Breakthrough Energy, que junta veículos de investimento, programas filantrópicos e defesa de políticas para procurar expandir tecnologias que permitam alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
O anúncio da parceria, que também envolve o Banco Europeu de Investimento, foi feito em junho, mas só foi formalizado esta tarde.
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Entre 2022 e 2026 pretende mobilizar até 820 milhões de euros para acelerar a implantação e comercializar rapidamente tecnologias inovadoras que ajudem a estratégia europeia de atingir as suas metas climáticas, nomeadamente de reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
Os investimentos serão direcionados para projetos europeus em quatro setores, nomeadamente o hidrogénio “verde”, combustíveis sustentáveis de aviação, captura direta de dióxido de carbono e armazenamento de energia de longa duração.
Segundo a presidente da Comissão Europeia, este investimento é importante porque vai ajudar no desenvolvimento em escala de projetos europeus e “retirar o risco de implantação de novas tecnologias”.
O envolvimento da Breakthrough Energy de Bill Gates, disse o filantropo norte-americano, traz o acesso a muitos “parceiros” que estão interessados em comprar e implantar estas tecnologias.
A UE estima que, para atingir a meta de 2030 de redução de emissões líquidas de gases com efeito de estufa em pelo menos 55%, vão ser necessários 350 mil milhões de euros de investimento anual adicional.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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