//Coronavírus: 12 mil postos de trabalho ameaçados na indústria automóvel em Portugal

Coronavírus: 12 mil postos de trabalho ameaçados na indústria automóvel em Portugal

A produção automóvel em 2019 gerou um volume de negócios na ordem dos doze mil milhões de euros, o equivalente a 6% do PIB e 16% das exportações em bens transacionáveis. 91% das vendas foram para a Europa.

Este ano, por força da Covid-19, o cenário mudou. Em março, as exportações caíram um quarto em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o ano de 2020, as perspetivas no setor automóvel são negras, com uma quebra de 30% no volume de negócios.

O sector tem agora 59 mil trabalhadores (19 mil entraram na última década) mas 2020 pode chegar ao fim com menos 12 mil. É o que diz o presidente da Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel (AFIA). Durante a videoconferência da CIP, José Couto frisou que “só no primeiro trimestre de 2021 é que se poderão voltar a registar os números de janeiro de 2019.

Por isso, defende que o prazo do regime “lay-off” simplificado deve ser prolongado até ao fim do ano e ajustado às necessidades dos setores, de forma a preservar os postos de trabalho.

“A maior parte dos construtores estão a voltar à produção, mas só continuarão a laborar se o mercado responder de forma positiva. Senão, daqui a algumas semanas, voltam a fechar”, alerta José Couto. Com uma crise económica e o desemprego a crescer, a compra de carro não é uma das prioridades dos consumidores, admite o presidente da AFIA.

Nós não queremos perder 12 mil trabalhadores, queremos estes 12 mil trabalhadores. Por isso é que o “lay-off” é muito, muito importante. E sobretudo poder adaptá-lo e alargá-lo, provavelmente, até ao fim do ano, porque desta forma, bloqueamos a perda de trabalhadores”.

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