//Coronavírus. Costa e Conti avisam que degradação das previsões económicas impõem acordo europeu já

Coronavírus. Costa e Conti avisam que degradação das previsões económicas impõem acordo europeu já

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Os primeiros-ministros de Portugal e de Itália alegaram que o
agravamento das previsões negativas da economia feitas pela Comissão Europeia
impõe um acordo entre os 27 Estados-membros já na próxima reunião do Conselho
Europeu.

Esta posição comum sobre o Conselho Europeu dos próximos dias 17
e 18 foi transmitida por António Costa e Giuseppe Conti em conferência de
imprensa, em São Bento, após uma reunião de cerca de uma hora e antes de um
jantar de trabalho entre os dois chefes de Governo.

Perante os jornalistas, tanto António Costa, como Giuseppe
Conti, referiram-se ao facto de a Comissão Europeia ter agravado as suas
previsões económicas para todos os Estados-membros, sendo que no caso de
Portugal se estima agora uma contração de 9,8% do PIB (Produto Interno Bruto),
muito acima da anterior projeção de 6,8%, mas também da do Governo, de 6,9%.

Na perspetiva do primeiro-ministro português, as previsões da Comissão Europeia “revelam bem a urgência de que haja um acordo” no
Conselho Europeu deste mês.

“Houve uma revisão em baixa geral das previsões económicas
para o conjunto da Europa e Portugal teve uma redução muito significativa.
Ficámos agora uma décima abaixo da média da União Europeia”, observou.

António Costa disse depois que o seu Governo tem já “o
hábito de trabalhar para contrariar as previsões – e é isso que será
feito”.

No entanto, o líder do executivo português fez sobretudo a
defesa das propostas da Comissão Europeia de fundo de recuperação (com um valor
global de 750 mil milhões de euros) e de Quadro Financeiro Plurianual
(2021/2027).

“Como disse aqui o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe
Conti, esta proposta da Comissão Europeia é um todo e é muito difícil mexer num
elemento sem desestruturar a proposta no seu conjunto. Cada um de nós pode
começar a dizer que este é o melhor critério e não aquele, mas, se assim
fizermos, não vamos chegar a um acordo. Temos de avançar com ambição, porque a
situação é muito grave em toda a Europa, designadamente o desemprego”,
advertiu António Costa.

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