A corretora britânica Infinox vai iniciar operações em Portugal. Esta instituição foi criada em 2009 e anunciou agora a abertura de um escritório em Lisboa. Tiago da Costa Cardoso, que esteve vários anos na corretora XTB, será o responsável da Infinox para Portugal e Espanha.
“Para acompanhar a entrada e a abertura do novo escritório em Lisboa, a Infinox decidiu contratar Tiago da Costa Cardoso que, após uma vasta experiência adquirida a trabalhar vários anos como analista na corretora XTB, foi nomeado responsável regional para a Península Ibérica e irá liderar uma equipa de analistas especializados”, refere a Infinox num comunicado enviado às redações.
A corretora refere que “conta com a autorização e regulação quer da britânica Financial Conduct Authority (FCA) quer da portuguesa Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para operar como intermediário financeiro”. E a Infinox garante que terá uma equipa de analistas especializados em Portugal.
A Infinox é uma corretora de CFD (contratos diferenciais), um instrumento financeiro que tem tido um maior aperto por parte dos supervisores. Estes instrumentos são “um contrato entre duas partes, tipicamente qualificadas como comprador e vendedor, em que se estabelece que o vendedor pagará ao comprador a diferença entre o valor de mercado de um determinado activo (ex: uma acção) na data de fecho da posição assumida nesse contrato e o seu valor de mercado na data de abertura da posição assumida nesse contrato”, explica a CMVM.
O supervisor avisa que existe o risco de perda total ou parcial do capital investido. E alerta mesmo para “o risco de perdas superiores ao montante investido”, já que os CFD têm alavancagem. “Se a oscilação de preço do ativo subjacente for suficientemente pronunciada, o montante da perda pode exceder o valor da margem, pelo que a perda pode ultrapassar o montante inicialmente investido. Neste caso o investidor poderá ser chamado a efetuar reforços de margem e, em certas circunstâncias, as suas posições poderão ser fechadas compulsivamente”, realça o supervisor.
A CMVM colocou em consulta pública no início do ano um projeto de regulamento para restringir “a comercialização, distribuição e venda de contratos diferenciais e proíbe a comercialização, distribuição e venda de opções binárias em Portugal a investidores não profissionais”. Isto porque, nas contas do regulador, “entre 74% e 89% das contas de investidores não profissionais perdem dinheiro quando negoceiam CFD”.
No entanto, Tiago da Costa Cardoso, realça que “queremos ajudar os investidores a atingirem os seus objetivos financeiros e as suas ambições pessoais, através de um serviço premium, transparente e fiável, e oferecendo produtos dinâmicos e competitivos”.
A Infinox tem uma plataforma de negociação própria, a IX Trader e disponibiliza também a plataforma MT4 para os investidores poderem “negociar CFDs de Ações, Índices, Forex, Matérias-primas, Criptomoedas, entre outros ativos e instrumentos financeiros”.
Deixe um comentário