É o que se pode chamar uma autêntica corrida aos produtos de aforro do Estado.
O Jornal de Negócios escreve esta terça-feira que, entre entradas e saídas de dinheiro, o saldo líquido de todos os certificados fixou-se em 4,5 mil milhões de euros, o triplo do esperado pelo Ministério das Finanças.
A aposta nestes produtos nunca foi tão evidente e significativa por parte das famílias. E, na base deste impulso, está a atratividade das remunerações dos certificados de aforro, graças à remuneração indexada à Euribor a três meses.
A opção das famílias por estes produtos reflete-se, por isso, no montante total aplicado nos dois certificados que está a crescer há nove meses, tendo subido 1,6 mil milhões de euros só em dezembro, altura que as famílias receberam o subsídio de Natal.
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, o total de certificados de aforro e certificados do Tesouro fechou 2022 nos 34.868,91 milhões de euros, representando um aumento de 4.551,37 milhões de euros face ao fim de 2021.
A preferência dos portugueses tem recaído, sobretudo, nos certificados de aforro que, devido à escalada da Euribor, os juros rondam os 3,5%, tendo, por isso, ultrapassado, em outubro, os certificados do Tesouro, o que não acontecia desde o início de 2017.
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