//Corte na taxa de stress já produz resultados no acesso ao crédito à habitação

Corte na taxa de stress já produz resultados no acesso ao crédito à habitação

Um mês depois de ter entrado em vigor, a redução do choque extra considerado no cálculo da taxa de esforço para efeitos de obtenção de crédito à habitação, que simula a capacidade financeira das famílias em fazer face a uma hipotética subida da Euribor, já permitiu viabilizar processos de financiamento que anteriormente não receberiam o “carimbo verde”, apontam os intermediários de crédito auscultados pelo Dinheiro Vivo.

Em causa está a alteração à recomendação macroprudencial n.º3/2018 do Banco de Portugal (BdP), que estabelecia que, para o apuramento do rácio DSTI (debt service-to-income), as instituições financeiras deveriam considerar a taxa de juro prevalecente ao momento da contratualização e somar 3% adicionais, de modo a avaliar a condição financeira dos consumidores num cenário adverso de subida de juros. A alteração à referida instrução, efetivada a 16 de outubro, veio diminuir para metade o nível de stress a aplicar (1,5%) neste tipo de empréstimos.