//Cortiça e genéricos portugueses isentos de taxas aduaneiras para EUA

Cortiça e genéricos portugueses isentos de taxas aduaneiras para EUA

­A Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) sublinha o “reconhecimento internacional da especificidade geográfica única da cortiça”, ao excluir esta matéria-prima da lista de bens abrangidos pelas novas taxas alfandegárias de 15%.

A associação lembra que a cortiça “é produzida exclusivamente na bacia mediterrânica – com Portugal a assumir o papel de maior produtor mundial”.

Ao contrário do que defende a nova estratégia económica da Casa Branca, “a singularidade desta produção confere aos produtos de cortiça um caráter de exclusividade global, tornando extremamente complexa a deslocação dos atuais centros de produção europeus para eventuais dinâmicas de reindustrialização da economia americana”, refere em comunicado.

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Por outro lado, a cortiça é particularmente importante para os EUA, que atualmente são “o 4.º maior produtor mundial de vinho, com uma quota de cerca de 10% da produção global”. Precisam de garantir rolhas de cortiça para a indústria vitivinícola.

De acordo com a APCOR, “este é um momento de enorme importância para a fileira da cortiça e para a economia nacional”.

Depois de ser conhecido que a cortiça não será abrangida pelas tarifas de 15%, as ações da Corticeira Amorim, o maior produtor mundial, dispararam mais de 5%, para 8.03 euros cada, e lideraram os ganhos no principal índice da bolsa nacional.

Além da cortiça, o acordo entre UE e EUA prevê ainda isenções tarifárias para “aviões e peças de aviões, medicamentos genéricos e os seus ingredientes e precursores [compostos] químicos”.

“Alcançámos a meta”, segundo o comissário para o Comércio e Segurança Económica, Maros Sefcovic. Segundo este responsável, a alternativa ao acordo comercial com os EUA era “uma guerra comercial com direitos alfandegários estratosféricos que prejudicariam todos”. Reconhece que a vitória não é total, mas não fecha a porta a novas negociações.

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