//Costa admite suspensão das regras do Pacto de Estabilidade para além de 2021

Costa admite suspensão das regras do Pacto de Estabilidade para além de 2021

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que há consenso para só se retirar os apoios aos Estados-membros europeus quando os respetivos PIB regressarem aos níveis de 2019, admitindo assim uma suspensão do Pacto de Estabilidade para além de 2021.

António Costa falava numa conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Centro Cultural de Belém, depois de questionado se o prolongamento da crise sanitária da covid-19 poderá também motivar uma decisão no sentido de prorrogar a suspensão das regras do Pacto de Estabilidade até ao final de 2022.

Sem assumir uma posição definitiva em matéria de um eventual prolongamento da suspensão das regras do Pacto de Estabilidade para além de 2021, o primeiro-ministro português referiu no entanto que “há um consenso muito grande entre os economistas a nível internacional de que não devem ser diminuídos os apoios cedo demais”.

“Ainda esta semana, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou que não devem ser retirados os apoios cedo demais”, reforçou a título de exemplo.

Para António Costa, a ideia mais consensual “é voltar ao cumprimento das regras quando se atingir aquilo que são os níveis do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019”.

Na quinta-feira à noite, em entrevista à TVI, António Costa advertiu que a crise “vai ter um impacto muito grande na economia e no emprego” em Portugal e deixou um aviso: “Antes de 2022 não regressaremos ao ponto em que estávamos em 2019, o que significa três anos perdidos”.