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O primeiro-ministro, António Costa, afasta para já a queda da administração da TAP, liderada pela CEO Christine Ourmières-Widener, na sequência da indemnização de 500 mil euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, para sair da companhia aérea. E garante a continuidade de Fernando Medina como ministro das Finanças.
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“Quanto à administração da TAP, está em funções e em funções se mantém. Se há dúvidas sobre a legalidade da indemnização, o governo aguarda então pela inspeção que pediu à Inspeção-geral das Finanças” (IGF), afirmou o chefe do governo esta segunda-feira, numa declaração aos jornalistas sobre a remodelação governamental que levou à separação do Ministério das Infraestruturas e da Habitação em dois. João Galamba, atual secretário de Estado da Energia, será o novo ministro das Infraestruturas e Marina Gonçalves, secretária de Estado da Habitação, a nova titular da pasta da Habitação.
Questionado sobre o inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República, Costa disse apenas que “o Ministério Público goza de total autonomia e que se entende que há motivo para abrir inquérito, excelente”.
O primeiro-ministro garantiu ainda que “não está, de modo algum, em causa o ministro das Finanças” e que Medina “fez aquilo que devia fazer, que foi convidar a secretária de Estado” do Tesouro, Alexandra Reis, “a demitir-se”.
Costa assinalou depois que “a TAP irá brevemente apresentar os resultados de 2022”, salientando que “serão uma boa notícia para os portugueses”. De acordo com o plano de reestruturação, aprovado pela Comissão Europeia, a companhia aérea não poderá fechar 2022 com prejuízos superiores a 54 milhões de euros e terá obrigatoriamente de regressar aos lucros em 2025.
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Sobre a injeção pública de 3,2 mil milhões de euros na TAP, António Costa voltou a defender que era fundamental para “garantir que a companhia não desaparecia” face à crise provocada pela pandemia de covid-19 e comparou Portugal com a Alemanha que “também teve de nacionalizar a Lufthansa”, entretanto já reprivatizada.
Costa explicou que “a intervenção pública é transitória e temporária e que está em processo uma consulta ao mercado para alienar a participação do Estado” na TAP. Recorde-se que o primeiro-ministro já afirmou que quer vender a companhia aérea em 12 meses.
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