Partilhareste artigo
António Costa admitiu no Jornal das Oito na TVI que a “inflação é dos fenómenos mais difíceis de combater” e que a opção do Governo passou por agir sobre as causas para os aumentos dos preços, como energia e fertilizantes, em vez de seguir o caminho da vizinha Espanha, que reduziu o IVA dos bens essenciais para 0%.
Relacionados
“Temos acompanhado o que acontece em Espanha e a notícia que temos é que essa descida do IVA foi compensada imediatamente pelas margens da comercialização. Temos de aprender com os outros, inclusivamente com os erros que os outros cometem, e tirar as nossas próprias ilações”, afirmou.
O primeiro-ministro reconheceu que “uma inflação de 8% perturba a vida de qualquer família” e que este “não é o momento para o país estar feliz”, mas mostrou-se otimista: “A tendência que se está a verificar é uma desaceleração da inflação. Os aumentos deste ano já cobriram a inflação de 2022.”
Sobre as reivindicações dos professores, Costa diz que os docentes acumularam “15 anos de frustração” e não crê que os ex-parceiros de gerigonça estejam por trás das greves. “Fala-se muito do STOP e o STOP não tem nada a ver com PCP e BE”, frisou, tendo desvalorizado a sua ausência das negociações (“O Governo fala a uma só voz”)e revelado que não será possível a recuperação do tempo integral de carreira dos professores. “Se aplicássemos essa medida a todos os setores que tiveram o mesmo problema isso custaria 1,3 mil milhões de euros ao Estado por ano”.
Acerca da habitação, tema que dominou o dia de e o início da entrevista, o primeiro-ministro esclareceu que as casas subarrendadas pelo Estado serão atribuídas por sorteio e que os senhorios vão ter o valor de eventuais obras descontado na renda que vão receber. “O Estado só toma posse administrativa se ao fim de x anos as pessoas não colocarem as casas no mercado de arrendamento. Os proprietários terão o custo de obras descontado na renda, mas quando reaverem a casa terão uma casa reabilitada”, salientou.
Subscrever newsletter
Costa explicou ainda que as casas que o Estado comprar serão adquiridas “ao preço de mercado”, mas crê que a isenção de mais-valias possa “reduzir o preço desses imóveis”.
Deixe um comentário