O primeiro-ministro recusou esta sexta-feira ter exercido discriminação sobre a Endesa, afirmando que o presidente da empresa proferiu “uma coisa falsa” sobre o mercado ibérico, o que exigiu uma “particular cautela relativamente a esse operador”.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à creche Luís Madureira, na Amadora (Lisboa), António Costa foi questionado se, ao assinar o despacho sobre a Endesa, estava a discriminar aquela empresa.
“Não, não é nada discriminatório. (…) Como todos nós ouvimos, o presidente dessa empresa anunciou que os preços iriam subir 40% e disse uma coisa falsa, é que esse aumento resultava da existência do mercado ibérico, e toda a gente sabe que é mentira e, portanto, isso exigia uma particular cautela relativamente a esse operador”, respondeu.
O primeiro-ministro sublinhou que “o Estado verifica obviamente todas as faturas”, reiterando que, no caso específico da Endesa, “porque havia aparentemente um erro na compreensão de como é que funcionava o mecanismo [ibérico] por parte dessa empresa, era essencial que houvesse um controlo técnico e não meramente financeiro da fatura”.
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