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O primeiro-ministro, António Costa, apela a todos os trabalhadores em situação irregular que entrem agora na Segurança Social e promete alargar o apoio a todos os que até agora não contribuíram para o sistema.
“Venham para a Segurança Social, nós estamos cá para vos acolher e estamos cá, correspondentemente, para dar o apoio que a Segurança Social deve dar, porque nós não queremos deixar ninguém para trás ao longo desta crise”, disse o primeiro-ministro, esta quarta-feira da manhã, num discurso no final de uma visita no Instituto de Segurança Social, em Lisboa.
António Costa aproveitou ainda para responder às críticas sobre a lentidão da Segurança Social, face aos pedidos de lay-off, garantindo que os 103 mil formulários das empresas estão a ser processados a um ritmo nunca visto.
“Se finalizassem estes 103 mil pedidos, com o mesmo ritmo com que finalizaram os 515 do ano passado, precisaríamos de 187 anos para responder a todos”, explicou Costa, acrescentando que toda a administração pública está “a dar o litro, a dar o seu melhor, para que as medidas sejam concretizadas o mais rapidamente possível”.
O primeiro-ministro, que discursou sem proteção individual, acrescentou ainda um apelo ao uso de máscaras em locais públicos.
Numa visita em que esteve acompanhado pela ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, António Costa disse que o Governo já tinha antes coberto situações em que sócios-gerentes, em particular de microempresas, tinham apoios para a redução da atividade, desde que não tivessem trabalhadores a seu cargo.
“Esta semana vamos dar um passo mais, alargando também a sócios-gerentes de microempresas com trabalhadores a seu cargo”, declarou o primeiro-ministro.
“Quem não cumpriu a alternativa [de descontar para a Segurança Social], não está protegido. Vamos dar um passo permitindo proteger também os trabalhadores independentes que, nos primeiros 12 meses, não fizeram descontos, permitindo que isso se faça de forma justa. Naturalmente, não poderão receber o mesmo de quem fez a contribuição ao longo desses 12 meses”, advertiu logo a seguir o primeiro-ministro.
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