O secretário-geral do PS considerou este domingo essencial o voto no PS nas eleições europeias, porque elege quem defende a solução de Governo em Portugal, quem tem “peso efetivo” em Bruxelas e não quem integra grupos “excêntricos”.
Palavras proferidas por António Costa na sessão de apresentação da lista europeia do PS, num discurso em que procurou traçar diferenças entre os candidatos socialistas e os do PSD e CDS-PP, mas, também, em relação ao Bloco de Esquerda e PCP.
Depois de terem discursado os 12 primeiros candidatos da lista socialista ao Parlamento Europeu, António Costa abriu a sua intervenção com a referência ao facto de, “felizmente, o PS tem muitos bons quadros e, como tal, não precisa de apresentar os mesmos [cabeças de lista] pela terceira vez”.
“Temos também uma lista absolutamente paritária. E destaco o absolutamente. É que somos pela paridade de género por convicção e não por obrigação”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.
Num plano mais político – e numa tentativa de “voto útil” à esquerda -, o secretário-geral do PS defendeu que é importante que se elejam candidatos para grupos com peso no Parlamento Europeu, que contem efetivamente no Parlamento Europeu e que não sejam marginais ou excêntricos no Parlamento Europeu”.
“É preciso que seja um grupo que pese na decisão política no Parlamento Europeu, na escolha da Comissão Europeia e na negociação dos grandes processos legislativos. Por isso, integrar o grupo socialista, que é o primeiro ou o segundo do Parlamento Europeu, é uma condição essencial para podermos ter força”, sustentou.
A seguir, o secretário-geral do PS referiu-se especificamente às consequências nacionais em resultado das eleições de 26 de maio próximo, ponto em que atacou indiretamente o PSD e o CDS-PP.
“Há outro requisito fundamental é ter peso político dentro desse grande grupo, porque se não tivermos peso também não contamos para fazer a diferença”, afirmou, sem nunca se referir diretamente ao PSD ou ao CDS-PP
Segundo António Costa, para o país ter “uma nova agenda social e uma Europa mais amiga do emprego e do crescimento, para ter uma Europa que não combata a mudança política que iniciada há três anos em Portugal, é absolutamente essencial ter no Parlamento Europeu quem possa fazer a diferença, ou seja, os candidatos e candidatas do PS”.
Outra diferença que o líder socialista procurou estabelecer, designadamente com o PSD, foi no que respeita à cobertura territorial da lista de candidatos do PS ao Parlamento Europeu.
“A Madeira e os Açores podem ser regiões ultraperiferias na União Europeia, mas na lista do PS têm representantes ultraelegíveis”, declarou, numa alusão ao quinto lugar de André Bradford (Açores) e ao sexto lugar de Sara Cerdas (Madeira).
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