João da Costa Pinto foi presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal (BdP). Em entrevista ao Jornal de Negócios afirma não compreender a avaliação feita pela administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), à data, mas também que esses financiamentos “deviam ter sido travados pela supervisão”.
Costa Pinto afirma que “as supervisões recebem informações detalhadas”, que lhes permitem acompanhar operações de maior risco, assim como, intervir em último recurso.
“Tenho presente que um dos administradores da Caixa – Norberto Rosa – referiu que, a dada altura, avaliou o montante total de financiamentos que o banco tinha feito tendo ações como colateral e falou num número que me deixou perplexo: mais de 4 mil milhões de euros”, afirma. “Como é que conselhos sucessivos tinham permitido financiamentos desta dimensão, nomeadamente se os compararmos com os capitais próprios da instituição? E a supervisão também devia estar atenta a este tipo de financiamentos”.
O antigo presidente defende que o BdP nunca esteve de “mãos atadas”.
Deixe um comentário