O primeiro-ministro elogiou hoje os resultados alcançados com o programa “Bairros Saudáveis”, defendendo que funcionará como “laboratório” da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com regras claras, dinheiro “bem gasto” e vigiado pelas comunidades.
António Costa falava no Barreiro, distrito de Setúbal, no encerramento da sessão de apresentação de resultados do programa “Bairros Saudáveis”, que foi coordenado pela arquiteta e ex-deputada do PS Helena Roseta.
Um programa que envolve sete diferentes ministérios, ao qual foram admitidas 752 candidaturas num total de 774, e em que destas o júri aprovou 246 de diferentes pontos do país.
“A forma como a nossa aposta neste programa estava certa foi o modo como a sociedade reagiu e respondeu ao desafiou que foi criado. Não estamos perante verbas enormes, cada projeto tem um máximo de 50 mil euros, mas estes 50 mil euros multiplicados pelos 246 são 10 milhões de euros com um efeito multiplicador enorme em termos de energia social”, sustentou o líder do executivo, num dos vários elogios que fez aos resultados do programa “Bairros Saudáveis”.
Mas António Costa foi mais longe, dizendo que este programa “funcionou como um laboratório para um dos programas que faz parte do PRR”.
“Claro que o PRR vai ter outro tipo de programas, como grandes investimentos em obras públicas. Mas o PRR tem também esta filosofia, designadamente ao nível das regras e da organização”, disse.
Neste contexto, o primeiro-ministro reiterou o aviso de que o PRR é “uma oportunidade única” para o país.
“Para que haja boa execução do PRR, não podemos perder tempo em relação àquilo que vamos fazer. Temos de nos concentrar em fazer e não largar até concluir, e multiplicar os responsáveis pela execução”, frisou.
Ou seja, referiu, “é preciso mobilizar a comunidade em geral, os cidadãos, porque só dessa forma conseguiremos executar em tempo gastando bem o dinheiro”.
Em defesa da sua tese, António Costa sustentou que, “quando o dinheiro é confiado e entregue à comunidade, o dinheiro é seguramente bem gerido”.
“A comunidade está mais próxima do que a Inspeção Geral de Finanças, do que o Tribunal de Contas ou do que o Ministério Público. São os cidadãos que vigiam diretamente a execução do programa. Não há melhor fiscal do dinheiro público do que os cidadãos”, acrescentou.
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