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O primeiro-ministro salienta esta quarta-feira ao jornal “The Korea Times” que Portugal tem as maiores reservas de lítio da Europa e que oferece acesso aos mercados europeu e de língua portuguesa com 500 milhões de pessoas.
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António Costa termina esta quarta-feira uma visita oficial de dois dias à Coreia do Sul, durante a qual tem assumido como principal objetivo atrair novos investimentos de multinacionais sul-coreanas para setores como as energias renováveis, os semicondutores e a indústria automóvel.
Nesta entrevista que concedeu ao “The Korea Times”, o líder do executivo defendeu que Portugal “tem mais a oferecer do que apenas acesso ao mercado europeu de 500 milhões de pessoas, já que o país também possui um forte relacionamento com a comunidade global de língua portuguesa”.
Destacou, depois, a posição geográfica estratégica de Portugal, dizendo que é o país europeu mais próximo da América do Norte e do Sul e da maior parte da África, com a vantagem de possuir conexões diretas por cabo submarino para todos os continentes.
“Portugal tem a maior reserva de lítio da Europa e a oitava maior do mundo com mais de 60 mil toneladas de reservas. Representa um grande potencial para colaborar com a Coreia do Sul. Este mineral é um componente chave para baterias de veículos elétricos”, sustentou.
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Já numa entrevista a outro jornal sul-coreano, o “Financial News”, o primeiro-ministro disse estar atento “à inovação e à gestão de qualidade de empresas multinacionais sul-coreanas como Hyundai Motors, Kia Motors, Samsung e a LG.
“Os produtos coreanos são muito apreciados em todo o mundo e Portugal não é exceção”, considerou, revelando então que teve um carro Kia Sorento durante “muitos anos” e que se revelou um “excelente automóvel”.
O primeiro-ministro assinalou na entrevista que Portugal dispõe de um conjunto de incentivos para o investimento estrangeiro e que tem em aplicação um Plano de Recuperação e Resiliência com cerca de 11 mil milhões de euros disponíveis.
“Vou dar um exemplo, uma empresa estrangeira que venha para Portugal e crie um significativo número de postos de trabalho para jovens tem benefícios de redução da taxa social única”, apontou.
Em relação à indústria de semicondutores, António Costa realçou “a competitividade da infraestrutura de produção, a excelente mão de obra ao nível da engenharia, a existência de água e energia abundantes, bem como embalagens de semicondutores de grande escala e plantas de produção de teste pela empresa Amkor Technology”.
O jornal refere que António Costa é primeiro-ministro de Portugal desde novembro de 2015, lidera o PS, “um partido político de centro-esquerda, que rejeita políticas populistas e segue políticas pró-negócios”.
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