//Costa Silva afasta “nesta altura” imposto sobre lucros extraordinários

Costa Silva afasta “nesta altura” imposto sobre lucros extraordinários

O ministro da Economia disse esta terça-feira que o Governo não está a considerar “de todo”, neste momento, aumentar temporariamente o imposto a empresas que apresentem lucros extraordinários, para fazer face aos efeitos da guerra na Ucrânia.

“Essa medida, como eu expliquei, nunca foi discutida pelo Conselho de Ministros, mas faz parte da carta de opções. […] Nesta altura não estamos a considerar de todo, vamos ver como é que a economia evolui e como é que nós vamos responder a esses desenvolvimentos”, disse aos jornalistas o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, à margem da sessão de balanço sobre o Programa Empresas Turismo 360º, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.

Na discussão sobre o programa de Governo, em 8 de abril, Costa Silva tinha admitido considerar um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas (“windfall tax”) devido aos aumentos dos preços dos bens e matérias-primas.

Dias depois, no final da reunião do Conselho de Ministros, o governante afirmou que o imposto sobre os lucros extraordinários das empresas não tinha sido discutido no Conselho de Ministros, mas admitiu que o Governo está estudar “todas as possibilidades”.

O ministro da Economia explicou que o ‘windfall tax’ foi uma das hipóteses avançadas pela Comissão Europeia e que Portugal tem essa medida como “uma solução única, caso venha a ser necessária”.

Também o Fundo Monetário Internacional (FMI), no primeiro dia das Reuniões de Primavera, sugeriu o aumento temporário de imposto sobre empresas que apresentem um aumento de lucros, para apoiar as que estão a ser mais afetadas pelo aumento generalizado dos preços.