É em tom de apelo ao PSD que António Costa assume que o debate sobre a extensão da capacidade aeroportuária de Lisboa deve terminar. “Agora é tempo de agir”, disse, esta segunda-feira, num almoço debate organizado pela Confederação do Turismo, onde manifestou “muita apreensão” em relação à sugestão de Rui Rio de reapreciar a solução Alcochete.
O secretário-geral do Partido Socialista, e ainda primeiro-ministro, destacou que Portugal passou demasiado tempo a pensar e a criar linhas que acabariam por nunca ser seguidas – OTA e Alcochete foram dois exemplos mencionados brevemente pelo governante. “Voltar à estaca zero e reabrir o debate seria comprometer seriamente o país”.
Costa lembrou ainda que “o Estudo de Impacto Ambiental é claro em relação às medidas a tomar pela concessionária” e que também a Portela começará a mexer: “a ANA está comprometida em disponibilizar mais boxes para agilizar controlos” de passaporte.
O plano assinado entre governo e ANA aponta a abertura do Montijo a civis em 2022.
Rui Rio, líder do Partido Social Democrata, na apresentação do Programa Eleitoral de 2019, destacou que a tomada de decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa mostra “falta de visão e de capacidade de planeamento do actual governo”. Rio disse que, “sem se conhecer os estudos de impacto ambiental abandonou-se o cenário do Campo de Tiro de Alcochete”, tema que gostaria de reabrir.
“A posição do PSD relativamente a este problema é a de que é prematuro afastar cenários e de que as opções a fazer não dispensam um estudo aprofundado das diferentes soluções. É previsível que venham a ser apontados problemas ambientais à solução do Montijo e que face à possível inconclusividade do estudo se recorra à decisão política sem qualquer sustentação técnica aceitável”, disse citado pelos jornais nacionais.
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