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No debate setorial com o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, a deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda, foi a primeira a levantar a questão do atraso do executivo a adotar medidas “mais robustas” para responder à crise aberta, em março, pela pandemia de covid-19, quando era expectável uma segunda vaga da epidemia.
Perguntou Isabel Pires se as medidas “já não chegam tarde”, no final do ano, quando era expectável o agravamento dos problemas criados pela epidemia.
Siza Vieira citou o primeiro-ministro, António Costa, para lembrar que a resposta à pandemia, que paralisou parcialmente o país em março e abril, é “uma corrida de fundo” e que é necessário “dosear o esforço” para “chegar ao final da corrida”.
Na corrida, como em tudo na vida, é importante o ‘timing’, mas quando chegamos demasiado tarde fica mais difícil”, por exemplo, a sobrevivência de empresas até à “chegada da retoma”.
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Bruno Dias, deputado do PCP, também usou a imagem do atletismo, mas para dizer: “Uma coisa é uma corrida matinal, outra é correr atras do prejuízo pelas decisões que são tomadas pelo Governo.”
O deputado comunista leu a carta de um pequeno empresário, reformado, dono de um café em Castelo Branco, que abriu um café que teve de fechar e ficou excluído dos apoios do Estado, que são “casos que se vão somando em todo o país”.
E criticou as medidas restritivas do Governo na contenção à epidemia — “proíba-se, limita-se, suspenda-se” — que dificulta a atividade económica e o PSD por aprovar o estado de emergência no parlamento para depois “dar palmadinhas nas costas” de empresários, como os da restauração, que “são arruinados pelas suas decisões”.
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