Durante o Estado de Emergência, os dados fixos aumentaram, em média, 49%. São números avançados esta sexta-feira pelo regulador, que conclui que “a evolução do tráfego de voz e dados de comunicações eletrónicas sofreu alterações significativas devido à covid-19 e às medidas excecionais e temporárias associadas a esta doença”.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) avança que na semana entre 16 e 22 de março, quando entrou em vigor o Estado de Emergência, o tráfego aumentou 16% e os dados de voz 32%, face à senmana anterior. “Foi nesta semana que se registou o volume mais elevado de tráfego de voz (59% acima do valor registado na semana de 02 a 08 de março)”, diz a Anacom.
Ainda de acordo com o regulador, “estima-se que, em termos médios, o estado de emergência tenha tido um impacto de 49%/semana no tráfego de dados”, sendo que “o pico de tráfego de dados foi registado na semana de 13 a 19 de abril”.
Só tendo em conta o tráfego de voz, realizaram-se mais chamadas inicialmente, o primeiro impacto aponta para um crescimento de 41%, mas nas semanas seguintes começou a descer, “encontrando-se ainda cerca de 20% acima do tráfego do período” pré-pandemia.
A Anacom destaca ainda “alterações dos padrões de consumo”. “Contabilizou-se um significativo crescimento do tráfego de voz fixa (por exemplo 61% na semana de 16 a 22 de março face à semana de 02 a 08 de março), e um crescimento também significativo, embora mais moderado, da voz móvel (42% no mesmo período)”. Ainda assim, “a voz móvel continuou a ser cerca de sete vezes superior à voz fixa”.
No tráfego de dados, os fixos “têm contribuído para o crescimento verificado”, em média, “o tráfego de dados fixos terá aumentado 59% em resultado do estado de emergência, enquanto no caso dos dados móveis este impacto terá sido de 9%”. O tráfego de dados fixo “tem sido mais de 20 vezes superior ao tráfego de dados móveis”
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