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Numa mensagem publicada na conta oficial do Governo na rede social Twitter, no final da noite de terça-feira, o executivo escreveu que, devido ao “bom ritmo do Plano de Vacinação Anti-COVID19 e da disponibilidade de vacinas, foi decidida a aceleração da vacinação a nível nacional”.
O Governo precisou ainda que “o alargamento da vacinação a novas faixas etárias” vai arrancar a partir de 06 de junho para “pessoas com mais de 40 anos” e, a partir do dia 20, para “pessoas com mais de 30 anos”, “em todo o território continental”.
Na terça-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, tinha anunciado que a vacinação contra a covid-19 ia ser acelerada em Lisboa e Vale do Tejo, nas faixas dos 40 e 30 anos, na sequência de um aumento das infeções.
O anúncio da abertura da vacinação a nível nacional para estas faixas etárias surgiu horas depois de o presidente da Câmara do Porto ter exigido um tratamento equitativo para todo o país, acusando o Governo de beneficiar “o infrator”, ao acelerar a campanha na região de Lisboa e Vale do Tejo, devido a um aumento de infeções.
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“Não pode haver dois países, não pode haver um país e depois haver Lisboa. Tem de haver um único país e nós temos de exigir um tratamento igual para o todo nacional”, afirmou Rui Moreira, numa declaração vídeo publicada na página oficial da Câmara do Porto.
“O que eu queria dizer ao Governo claramente e às autoridades competentes é que nós exigimos um tratamento equitativo para todo o país nesta matéria”, reiterou.
Já depois do anúncio do secretário de Estado, o coordenador da ‘task force’ para a vacinação, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, também confirmou ao jornal Público que o alargamento às faixas etárias dos 30 e 40 anos se fará a nível “nacional”, e não apenas na região de Lisboa.
Gouveia e Melo disse àquele jornal que a vacinação em Lisboa e Vale do Tejo irá, de facto, ser reforçada, por estar atrasada em relação a outras regiões do país, como o Alentejo e o Centro, mas lembrou que isso já está a ser feito no Algarve e adiantou que haverá igualmente um reforço de vacinas no Norte, “mas mantendo a mesma programação etária”.
“O nosso plano é nacional e estamos a recuperar as regiões [percentualmente] mais atrasadas e isto também vai incluir o Norte. A ideia é ter sempre as regiões equilibradas porque é o mais justo. Quando se fala em acelerar, é dar mais vacinas, mas mantendo a mesma programação etária”, assegurou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.021 pessoas dos 845.840 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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