Portugal destaca-se de entre os países da União Europeia com mais dias de trabalho perdido, com as ausências ao trabalho a dispararem 67%, em comparação com o ano anterior. À nossa frente só mesmo a Espanha e a Itália.
Os dados são revelados pelo DN/Dinheiro Vivo, a partir dos novos microdados divulgados ontem, pelo Eurostat.
Feitas as contas, houve, no ano passado, menos 175 milhões de dias trabalhados no país, o que equivale a mais de 70 milhões de dias de ausência, quando comparados com o ano anterior.
Os dados para Portugal contrastam com um crescimento de apenas 38% nos dias de trabalho perdidos, no total da União Europeia.
As mulheres foram as que mais ausências ao trabalho somaram, representando 58%, facto que se pode justificar com a necessidade de dar apoio à família, uma vez que as encolas estiveram encerradas.
Ainda assim, nem tudo são más notícias para o nosso país, uma vez que à nossa frente surgem a Itália e a Espanha, com um crescimento das ausências ao trabalho a ficaram mais perto de duplicar, na comparação com o cenário de 2019 (mais 86% e mais 82%, respetivamente).
De entre os países com menor impacto em termos de perda de dias de trabalho estão a Finlândia e os Países Baixos, onde as ausências ao longo do ano subiram apenas 8% relativamente ao ano anterior.
No nosso país, e segundo os microdados do Eurostat, o lay-off no segundo trimestre do ano passado, em que estiveram ausentes mais de um milhão de trabalhadores, é uma das principais razões para os números a ausência dos trabalhadores ao longo do ano.
Já no último trimestre do ano, foram as baixas por doença a originarem praticamente metade das ausências.
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