//Credit Suisse envolvido em novas acusações de corrupção e branqueamento de capitais

Credit Suisse envolvido em novas acusações de corrupção e branqueamento de capitais

A revelação foi feita por um consórcio de quase 50 meios de comunicação social, coordenado pela organização sem fins lucrativos “Organized Crime and Corruption Reporting Project” (OCCRP).

O The New York Times, que faz parte do consórcio, teve acesso a dados de cerca de 18.000 contas bancárias suíças divulgadas há um ano ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung por uma pessoa não identificada, originando uma investigação denominada “Segredos Suíços”.

O informador acusou as leis suíças sobre o sigilo bancário de serem “imorais”, numa nota enviada ao consórcio de comunicação social.

“O pretexto de proteger a privacidade financeira é uma mera folha de figo que cobre o papel vergonhoso dos bancos suíços como colaboradores com os evasores fiscais”, acrescentou, de acordo com o New York Times.

A fuga de informação, que se segue a outras que deram origem a investigações jornalísticas como os “Panama Papers”, revela que o Credit Suisse abriu contas e teve como clientes, entre 1940 e os anos 2010, “não só os ultra ricos, mas também pessoas cujas situações problemáticas teriam sido óbvias” para quem se estivesse interessado em investigar.

O banco, segundo o jornal norte-americano, terá ignorado os alertas dos seus próprios funcionários sobre “atividades suspeitas” nas finanças dos seus clientes, que incluíam acusados de corrupção em escândalos relacionados com a companhia petrolífera estatal da Venezuela; figuras governamentais no Médio Oriente; ou altos funcionários dos serviços secretos em países que colaboram com os Estados Unidos na guerra contra o terrorismo, bem como os seus familiares.