//Credit Suisse faz tremer mercados após cair 30% em bolsa 

Credit Suisse faz tremer mercados após cair 30% em bolsa 

A incerteza é equiparada à de um tremor de terra: sabemos que quando começa tem um fim, mas não conseguimos prever quando nem a dimensão dos estragos que causará. Já sem glória nos últimos tempos, com as ações a caírem de forma progressiva e os resultados financeiros a gritarem por um zero à direita, o Credit Suisse terá vivido ontem um dos dias mais negros da sua centenária história, ao assistir a uma desvalorização recorde de 30% na bolsa de Zurique, depois de o principal acionista, o Banco Nacional Saudita, ter recusado injetar mais capital para segurar as pontas da instituição.

E como “confiança e banca são conceitos que andam de mãos dadas”, defende Filipe Garcia, economista da IMF, a espiral de descrença, que conheceu o seu início na passada sexta-feira, nos Estados Unidos, com o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e posterior encerramento do Signature Bank, não tardou em chegar às praças europeias e, sem exceção, o cenário foi de descida para os bancos, incluindo os do PSI, uma tendência que, diz Henrique Tomé, analista da XTB, “demonstra as preocupações dos investidores sobre o setor”, mas não “em particular sobre os bancos” em causa.