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O banco suíço Credit Suisse anunciou esta segunda-feira ter acordado com as autoridades judiciárias francesas pagar 238 milhões de euros para evitar a abertura de processos criminais por angariação ilegal de clientes em França e por permitir lavagem de dinheiro.
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Com este acordo, o Credit Suisse AG evita um processo em França e resolve o seu litígio tanto com as autoridades fiscais, às quais pagará 115 milhões de euros, como com o Ministério Público, pagando uma multa de 123 milhões de euros, por atos praticados entre 2005 e 2012.
O acordo alcançado com a instituição responsável pela investigação de crimes económicos e financeiros, inclui duas coimas de 65,6 e 57,4 milhões de euros e uma indemnização por danos ao Estado francês de 115 milhões de euros.
O banco tem doze meses para pagar esses valores, em três parcelas.
Em comunicado, o Credit Suisse ressalvou que o acordo “não implica admitir ações criminosas” e marcou “um passo importante na resolução proativa” de disputas.
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A investigação teve início em 2016, após denúncias, e revelou que 5.000 clientes franceses tinham uma conta no Credit Suisse há muitos anos, não declarada às autoridades fiscais francesas, com bens ocultos no valor de dois mil milhões de euros, e que o banco criou estruturas ‘offshore’ para ajudar os clientes a não declarar determinados bens à administração francesa.
Antes do Credit Suisse, o HSBC Private Bank, subsidiária suíça do gigante bancário britânico HSBC, já havia concordado em pagar 300 milhões de euros para escapar de um julgamento na França por fraude fiscal em 14 de novembro de 2017.
Este foi o primeiro acordo de interesse público assinado em França.
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