//Crédito à habitação renova máximos de quatro anos

Crédito à habitação renova máximos de quatro anos

É um novo máximo desde setembro de 2016. O stock de crédito à habitação aumentou quase 500 milhões de euros nos dois primeiros meses de 2021. Subiu para os 95,5 mil milhões de euros. É um aumento de 2,4 mil milhões de euros face ao montante registado em fevereiro de 2020, segundo dados divulgados ontem pelo Banco de Portugal.

O aumento do crédito para a compra de casa ocorre numa altura de descida do custo dos empréstimos. No mês de fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu dois pontos-base para os 0,853%.

No crédito ao consumo a tendência da carteira dos bancos é de descida. O saldo deste tipo de crédito caiu 0,8% em termos mensais em fevereiro, para 18,8 mil milhões de euros. Em comparação com fevereiro do ano passado, os empréstimos ao consumo recuaram 383 milhões de euros.

Quanto ao valor de empréstimos para outros fins, cresceu mensalmente 68 milhões de euros para 6,5 mil milhões de euros, entre janeiro e fevereiro deste ano. Face ao mesmo período de 2020, este tipo de crédito a particulares desceu 1,9%.

No total, desde junho de 2015 que o stock de empréstimos às famílias em Portugal não era tão elevado. O montante atingiu os 120,9 mil milhões de euros em fevereiro passado, o que corresponde a uma subida de 165 milhões de euros em termos mensais. Desde o início deste ano, os empréstimos aos particulares aumentaram 207 milhões de euros.

O rácio de incumprimento, em percentagem de devedores, tem aumentado em 2021. No final de dezembro 8,5% das famílias com empréstimos estavam em situação de incumprimento. O valor aumentou para 8,8% em janeiro e para 8,9% no final de fevereiro.