//Crédito ao consumo aumentou mais de 46% em cinco anos

Crédito ao consumo aumentou mais de 46% em cinco anos

Os empréstimos para o consumo voltam a ficar mais caros a partir de 1 de abril. O Banco de Portugal (BdP) já anunciou o aumento das taxas máximas em todo o tipo de créditos, desde as despesas pessoais até à compra de carro ou cartões de crédito.

Ainda assim, as famílias continuam a recorrer a estes empréstimos. Dados também do regulador, publicados esta semana, mostram que nos últimos cinco anos a tendência tem sido de subida. Entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês deste ano o valor pedido aumentou 6,5 mil milhões de euros.

Em janeiro desde ano registou-se um ligeiro recuo, mas em fevereiro estes pedidos já voltaram a aumentar.

“No final de fevereiro de 2023, os empréstimos ao consumo totalizavam 20,6 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 4,6% relativamente a fevereiro de 2022”, revela o BdP.

Em comparação com fevereiro de 2018, o crédito ao consumo subiu mais
de 46% nos últimos cinco anos.

Famílias pedem crédito para pagar contas da casa e em cartões

No início do ano, a grande finalidade do crédito ao consumo era a aquisição de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto. Este destino reuniu o maior número de novos créditos, que em janeiro chegaram aos 73.799.

O segundo maior destino foram outros créditos pessoais, com 40.315 novos créditos.

O que é que estes dois destinos têm em comum? São empréstimos que servem tanto para despesas de última hora como para despesas correntes que deixam de estar acessíveis, como as contas da casa (luz, água, gás), a conta da oficina, a substituição de um eletrodoméstico ou mesmo a consolidação de dívidas.

Tendo em conta o montante pedido, o crédito pessoal para outros fins surge no topo, com 279 milhões de euros emprestados às famílias. Seguem-se 205 milhões, a juros de consumo, para compra de carro.

Apesar deste valor pedido para compra de automóvel a crédito, fica abaixo do dinheiro pedido no mês anterior e do mês homólogo. Outro dado relevante é que o dinheiro destinado a usados é cinco vezes superior à verba para carros novos.

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