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As empresas de crédito especializado emprestaram 2,3 mil milhões de euros aos consumidores no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 12% face ao valor de crédito ao consumo concedido na primeira metade de 2020.
A descida registada no crédito ao consumo concedido pelas empresas associadas da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) deve-se sobretudo às medidas adotadas em Portugal no âmbito da estratégia de gestão da epidemia do novo coronavírus.
“Dentro do crédito clássico, o crédito concedido para a aquisição de meios de transporte [automóveis e motos] a particulares representou 55,8% do total dos 1,6 mil milhões de euros concedidos, situando-se assim nos 866.698 milhões de euros, o que representa uma subida de 6% em relação ao primeiro semestre de 2020”, destaca a ASFAC num comunicado divulgado esta terça-feira.
“Os veículos ligeiros de passageiros usados apresentam a maior fatia deste valor, tendo sido concedidos 683 milhões de euros. Este valor representa um crescimento de 6% face a igual período do ano passado. Neste tipo de crédito, o impacto que se faz sentir resulta do decréscimo da disponibilidade de veículos novos para venda”, adianta.
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Aponta que “além dos meios de transporte, o crédito clássico inclui, entre outras, as rubricas lar, equipamento e crédito pessoal, sendo este último o mais expressivo, com um valor de 378 milhões de euros, representando um aumento de 13% face a igual período de 2020”.
No total, no primeiro semestre de 2021, foram celebrados 281.893 contratos de crédito ao consumo pelas associadas da ASFAC.
Apesar da descida registada no crédito ao consumo concedido, a ASFAC está optimista. “Os indicadores da ASFAC refletem uma recuperação gradual, marcada por um crescimento sustentável e consistente do crédito especializado”, afirma Duarte Gomes Pereira, presidente da associação citado no mesmo comunicado. “É também através destes números que podemos captar a situação atual da própria economia portuguesa, que tem vindo a recuperar o fôlego e a estabilidade”, adianta.
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