//Credores europeus avaliam risco do imobiliário português

Credores europeus avaliam risco do imobiliário português

Os riscos de preços persistentemente altos do mercado imobiliário português, aliados a um nível elevado de endividamento das famílias, mereceram na última semana a atenção da Comissão Europeia, e do Mecanismo Europeu de Estabilidade, acompanhados de membros do Banco Central Europeu, na 10ª missão de consultas técnicas após o resgate ao país.

Em comunicado, a Comissão Europeia explica esta sexta-feira que os técnicos das instituições europeias quiseram, desta vez, olhar para a situação do mercado imobiliário e também para a reforma da supervisão financeira proposta pelo governo, que mereceu críticas do Banco Central Europeu.

Segundo a nota pós-missão de Bruxelas, a visita serviu para discutir os “desafios-chave que a economia enfrenta no contexto de um crescimento económico a abrandar, mas ainda robusto, em particular, níveis de endividamento elevado, riscos externos e uma deterioração da balança corrente”.

Ao mesmo tempo, junta, a missão quis avaliar os riscos à trajetória dos orçamentos desenhada no Pacto de Estabilidade e olhar para alguns dos principais desafios no que toca a reformas estruturais, da baixa produtividade ao mercado de trabalho, passando pela habitação, justiça, energia e concorrência.

No sector financeiro, a Comissão refere uma melhoria na qualidade nos balanços dos bancos, bem como nos lucros e rácios de capital das instituições. Os encontros trataram de discutir as vulnerabilidades que sobram; ou seja, procurar reduzir mais os níveis de crédito malparado e melhorar a capacidade de os bancos financiarem a economia. Além disso, Bruxelas refere a necessidade melhorar a legislação do sector.

Segundo o Ministério das Finanças, em comunicado emitido também esta sexta-feira, a avaliação das instituições europeia “está globalmente em linha com as projeções do Programa de Estabilidade para o crescimento da economia portuguesa, sustentado no investimento e nas exportações, permitindo a criação de mais e melhor emprego”. O ministério defende ainda que “a convergência com a União Europeia e a zona euro deverá manter-se, dando continuidade a uma trajetória que perdura há mais de dois anos”.

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