Os representantes das instituições credoras da Grécia concluíram esta semana a sua quarta missão do período pós-resgate, a primeira depois de terem sido anunciadas medidas de alívio fiscal pelo primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, no início do mês.
A Grécia saiu em agosto de 2018 do último de três programas de assistência financeira internacional, continuando sob supervisão “reforçada” dos credores.
“O diálogo sobre as prioridades e desafios da política económica vai continuar com regularidade. O relatório da quarta supervisão reforçada será publicado no outono”, destacou em comunicado a Comissão Europeia.
“O novo Governo está a dar corretamente prioridade ao crescimento, mas enfrenta uma batalha difícil”, refere, por sua vez, uma nota do Fundo Monetário Internacional (FMI), acrescentando que se espera “um crescimento de cerca de 2% em 2019 e 2020”.
Segundo o FMI, “o crescimento a curto prazo está a beneficiar de uma recuperação cíclica e de um melhor sentimento do mercado e do consumidor, o que deve traduzir-se em maiores investimentos”.
No entanto, com um “crescimento de longo prazo previsto de 0,9%, levará mais uma década e meia para que o rendimento ‘per capita’ real atinja os níveis de antes da crise”, diz a instituição.
Os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE), do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do FMI terminaram na quarta-feira a sua visita de três dias a Atenas.
A Grécia deve registar um excedente orçamental primário (sem os encargos com a dívida) de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2022.
O alívio fiscal anunciado por Mitsotakis prevê uma redução da receita do Estado de 1.230 milhões de euros.
A isto acrescem as ajudas sociais aprovadas pelo governo anterior, liderado por Alexis Tsipras, em maio passado, que pressupõem uma outra redução anual nas receitas do Estado de mais de mil milhões de euros.
O Governo e o banco central grego consideram que os alívios fiscais e as reformas que tencionam fazer vão acelerar o crescimento económico em 2020 e não afastam a hipótese de ser alcançada uma expansão de 3%.
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