
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português no terceiro trimestre mostra a “elevada resiliência” da economia portuguesa, apesar da conjuntura internacional, defendeu esta quinta-feira o Governo.
“Depois dos efeitos negativos da incerteza internacional e da guerra comercial e dos choques geopolíticos, a economia portuguesa continua a demonstrar uma elevada resiliência”, afirma, em comunicado, o Ministério das Finanças, em reação à publicação, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), da estimativa rápida sobre a evolução do PIB do terceiro trimestre.
De acordo com o instituto, a economia portuguesa cresceu 2,4% entre julho e setembro em relação aos mesmos meses de 2024, e 0,8% em relação ao segundo trimestre (na comparação com os meses de abril a junho).
O Ministério das Finanças sublinha que o crescimento em cadeia de 0,8% representa “um desempenho acima dos trimestres anteriores e do que era esperado pela maioria dos analistas”.
O ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento destaca o facto de a variação ser a maior “entre os países da zona euro que esta quinta-feira divulgaram estimativas rápidas”.
“Esta evolução reflete um maior dinamismo da procura interna e representa o maior crescimento em cadeia desde o início de 2023, se excluirmos o último trimestre de 2024”, refere.
Relativamente à variação homóloga de 2,4%, o ministério nota que o crescimento “representa uma aceleração face à primeira metade do ano”.
Segundo o INE, o crescimento homólogo beneficiou de um contributo negativo menos acentuado da procura externa líquida (exportações líquidas de importações), “refletindo a aceleração das exportações de bens e serviços e uma ligeira desaceleração das importações de bens e serviços”.
Por outro lado, o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB “manteve-se próximo do observado no trimestre anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma desaceleração do investimento”.
No que diz respeito à variação em cadeia, a procura interna deu um maior impulso, com a aceleração do consumo privado, enquanto “o contributo da procura externa líquida foi mais negativo, tendo a aceleração das importações de bens e serviços sido mais pronunciada que a das exportações de bens e serviços”.

 
     
        









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