Por isso, defende, a questão do jogo ser de dia ou de noite pode ser secundária. Porventura, será necessário “uma adequação ou uma redução do número de horas de funcionamento [das torres de iluminação]”.
Relativamente a este tema, a presidente-executiva da Liga de Clubes, Helena Pires, diz que tem conhecimento de que algumas ligas europeias estão a trabalhar na redução dos jogos à noite, e garante que em Portugal “todos os investidores nesta área estarão sensibilizados para este tema”, mas ressalva que “nós somos uma Liga que temos muitos jogos diurnos”.
Não excluindo de todo a hipótese de no futuro isso vir a acontecer, “temos o outro lado da moeda, nomeadamente aqueles que estão a investir naquele que é o nosso negócio e que, portanto, também têm de ter algum retorno daquilo que é o seu investimento”.
“E, portanto, dizer a um operador televisivo que está completamente proibido de fazer jogos à noite, seguramente não será a solução”, concretiza.
Pires alega ainda que esta não tem sido, de resto, uma preocupação levantada pelos clubes.
Apesar da insistência da Renascença, a SPORT TV não quis pronunciar-se sobre o tema do aumento dos custos energéticos, nem sobre como o canal age nas transmissões televisivas diurnas em relação à necessidade de luz artificial.
O presidente do Farense, João Rodrigues, é uma voz que se junta a outras na afirmação de que a SPORT TV exige aos clubes que liguem as luzes, mesmo durante o dia para melhorar a qualidade da transmissão televisiva.
“Toda a gente sabe disso, não acontece, se calhar tanto como no Norte, porque no Sul nós temos uma luminosidade maior, mas a partir das 16h30 ou 17h00 é esse o caso”, afirma.
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