//Crise na banca põe travão à ambição das startups

Crise na banca põe travão à ambição das startups

O rastilho da falência do Silicon Valley Bank (SVB) fez incendiar a confiança dos investidores. De pé atrás diante da severa conjuntura de inflação e taxas de juro elevadas, os tubarões focados em perseguir os big deals, isto é, as grandes oportunidades de negócio, já vinham a abrandar o ritmo das apostas e a adotar medidas de proteção do capital. E agora, depois do rebuliço a que o mercado financeiro assistiu na última semana, que até deu direito ao desencadear de uma crise no Credit Suisse, estarão ainda mais despertos para o risco, sendo expectável uma desaceleração no investimento, sobretudo no que ao late stage diz respeito, antevê João Pereira, diretor de investimento da Portugal Ventures.

As consequências diretas do colapso poderiam ser catastróficas para todas as empresas com exposição ao principal credor de startups – inclusive para cinco do portefólio da sociedade de capital de risco do Estado -, não tivesse sido a possibilidade de um impacto direto no ecossistema de empreendedorismo dissipada pela “rápida e eficiente intervenção das autoridades” norte-americanas e britânicas, aplaudida pela presidente da Investors Portugal, Lurdes Gramaxo. Ainda assim, a representante dos investidores early stage do país admite que “situações como esta geram sempre desconfiança nos mercados” e, por esse motivo, são esperados “alguns focos de instabilidade nos próximos tempos”.