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presidente do CDS-PP preferia uma “descida progressiva e generalizada” do IRS
para todos a um aumento salarial para a função pública no Orçamento do Estado
do próximo ano, já admitido pelo primeiro-ministro.
“Gostaria de pensar que, sendo possível, e havendo folga, pensar
numa baixa progressiva e generalizada do IRS para todos os portugueses, o que
inclui a função pública, mas que inclui todos os outros”, afirmou Assunção
Cristas, após uma visita ao bairro da Flamenga, Marvila, em Lisboa.
A 15 dias da apresentação do orçamento, a líder centrista disse compreender
bem “o objetivo do Governo”, mas, se dependesse do CDS, a opção seria
diferente.
Para Cristas, a “escolha passaria por algo que tivesse impacto
em todas as famílias” e não apenas nos trabalhadores da administração pública.
Questionada sobre se este seria um orçamento feito a pensar nas
eleições de 2019, Assunção Cristas deu uma resposta curta, com uma referência
ao Governo de José Sócrates, em 2009, ano em que os funcionários públicos
receberam um aumento de 2,9%.
“Em 2009 tivemos um orçamento assim, vamos ver como é este”,
afirmou ainda, recusando fazer muitos mais comentários antes de conhecer o
Orçamento do Estado, cuja entrega no parlamento está prevista para 15 de
outubro.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro admitiu um “aumento salarial
efetivo” na função pública e previu um “bom orçamento” para 2019.
“Estamos a trabalhar, no quadro das negociações, para ver se há
margem para podermos ir um pouco mais além e, para além do descongelamento das
carreiras, poder haver, pela primeira vez em muitos anos, algum aumento
salarial efetivo e não só reposições ou descongelamentos”, assinalou António
Costa.
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