//Croácia pede para entrar no euro

Croácia pede para entrar no euro

A Croácia formalizou o seu pedido para integrar a zona euro. O documento terá sido entregue na quinta-feira pelo ministro das Finanças local e pelo Banco Central da Croácia ao vice-presidente da Comissão Europeia com o pelouro do euro, Valdis Dombrovskis, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. O pedido será discutido pelo Eurogrupo de segunda-feira, dia 8, em conjunto com o processo entregue pela Bulgária, segundo a versão europeia do portal Politico.

O Governo de Zagreb espera entrar, até ao Verão de 2020, no período de dois anos do Mecanismo de Taxas de Câmbio. Isto quer dizer que o BCE vai ficar encarregue da política monetária e da política monetária da Croácia, com o objetivo de manter a sua moeda (kuna) num valor consistente com os padrões do euro. Este mecanismo é utilizado sempre que um país pretende aderir à zona euro. Por exemplo, Portugal viveu esta experiência entre 1999 e o final de 2001, antes do arranque oficial da moeda única.

O BCE e a Comissão Europeia também vão ajudar a Croácia a preparem-se para adotar o euro.

O país, para ser aceite no euro, terá de cumprir outros seis requisitos até ao final do Verão de 2020: aderir à união bancária, acelerar a adoção de mecanismos contra a lavagem de dinheiro, aumentar as garantias dos depositantes, aumentar a produção de estatísticas, reforçar a gestão no sector público e reduzir os encargos administrativos das empresas.

Em caso de sucesso, a kuna dará lugar ao euro a partir de 2023. 52% dos croatas são favoráveis à adoção do euro, segundo uma sondagem divulgada em fevereiro pelo Banco Central local e citada pela Reuters.

A Croácia é um dos sete países que se encontram há vários anos na terceira fase da União Económica e Monetária, em conjunto com a Bulgária, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia. Segundo o tratado sobre o funcionamento da União Europeia, estes países estão obrigados a adotar a moeda única e devem “esforçar-se por cumprir todos os critérios de convergência”.

O esforço destes países é verificado através de um relatório de convergência, publicado a cada dois anos pelo BCE.

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