O custo do trabalho aumentou 2,5% em 2021, a que corresponderam aumentos de 1,9% nos custos salariais e de 4,7% nos outros custos, informa o Instituto Nacional de Estatística.
Em 2020, o índice do custo do trabalho do INE aumentou 8,6%, corresponde a aumentos de 9,2% nos custos salariais e de 6,2% nos outros custos, num ano em que o custo médio por trabalhador aumentou 2,1% e as horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminui 5,7%.
Em 2021, quando o índice do custo do trabalho aumentou 2,5%, o custo médio por trabalhador aumentou 3,7% e o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador 1,5%.
“Para o aumento dos custos não salariais, contribuiu o acréscimo das contribuições patronais decorrente da diminuição progressiva de empresas abrangidas pelo regime de “layoff” simplificado no setor privado da economia”, especifica o INE.
No quarto trimestre de 2021, o índice teve um acréscimo homólogo de 2,4%, abaixo do aumento de 3,9% do trimestre anterior, com os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) a aumentar 2,5% e os outros custos (também por hora efetivamente trabalhada) a subir 2,3% face ao mesmo período do ano anterior.
Naquele período, os custos salariais registaram acréscimos mais acentuados na construção (7%) e na Administração Pública (8%), enquanto os serviços observaram um decréscimo de 3,2%.
O INE destaca que, no trimestre anterior, se tinham registado acréscimos nos custos salariais em todas as atividades.
Os custos não salariais, à semelhança dos custos salariais, registaram aumentos inferiores aos do trimestre precedente, com exceção da construção (6,8%) e da Administração Pública (7,9%).
O INE explica que o aumento acentuado dos custos salariais e não salariais na Administração Pública e na construção ficou a dever-se à forte diminuição no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador nestas atividades.
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