O Banco Central Europeu (BCE) deverá preferir comprar obrigações de Portugal, Finlândia e Irlanda no último trimestre do programa de compras da instituição, refere hoje a agência Bloomberg, que cita um analista do Danske Bank.
O economista chefe do Danske Bank A/S, Jens Peter Sorensen, citado pela Bloomberg, considera que “tendo em conta as compras efetuadas na Finlândia e Irlanda, há margem para uma diminuição do ‘spread’” entre as obrigações soberanas finlandesas e irlandesas face à União Europeia e adianta que “Portugal também deve beneficiar, sobretudo se a situação em Itália acalmar”.
Os juros da dívida de Portugal desceram este ano, mas subiram temporariamente devido à subida dos juros da dívida de Itália provocada pela agitação política daquele país.
Tendo em conta que o BCE comprou menos obrigações soberanas do que o objetivo com base no tamanho relativo das economias da zona euro, é natural que mantenha as compras em outubro, início do último trimestre do programa de estímulos, apesar de a instituição ter diminuído para metade o montante mensal de compras, para 15.000 milhões de euros, adianta Sorensen.
O BCE deverá dar por finalizado o seu programa de compras para estimular a economia em dezembro de 2018, ainda que seja necessário esperar até setembro de 2019 para assistir à primeira subida de juros na zona euro.
A redução das compras do BCE marca a última etapa de mais de três anos durante os quais foram injetados cerca de 2,6 biliões de euros no mercado de títulos da zona euro.
Analistas citados por diversos meios de comunicação referem que esperam que na reunião de política monetária da próxima quinta-feira o BCE confirme o fim do programa no final deste ano e a redução do montante das compras de dívida a partir de outubro.
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