Apesar da instabilidade política, na sequência da queda do Governo de Luís Montenegro, a agência de notação canadiana DBRS afasta riscos para o rating nacional apontando a dinâmica de crescimento económico e as contas sólidas.

“A menos que o compromisso com a disciplina orçamental se reduza e tal leve a um aumento significativo dos seus juros da dívida no médio prazo, o que não é nossa expectativa atual, não esperamos que esta crise política gere pressões negativas sobre o ‘rating’”, diz a agência, citada pelo Jornal de Negócios.

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A nota da DBRS Morningstar destaca que se tem assistido a “um elevado grau de continuidade política e forte apoio à redução da dívida pública” e que o país “entrará neste período de incerteza política com uma forte posição orçamental e um crescimento relativo superior”.

A DBRS sublinha ainda que apesar da turbulência parece haver um consenso entre os principais partidos políticos de que o grau de continuidade política e forte apoio à redução da dívida pública constituem uma âncora para a estabilidade macroeconómica e para promover o crescimento.

A agência de rating avisa, no entanto, que se o impasse político se prolongar pode “impactar o crescimento” ou a confiança em relação ao país.

A DBRS subiu, em janeiro, o rating de Portugal para A (elevado), o quinto patamar mais elevado na sua escala.