A agência de notação financeira canadiana, a DBRS, considera que o plano estratégico do Millennium bcp é credível e deverá permitir que o grupo continue a progredir na melhoria da qualidade dos seus ativos e da sua rentabilidade.
O plano estratégico do BCP, agora liderado por Miguel Maya, tem entre as metas a alcançar no período entre 2018 e 2021 a melhoria da rentabilidade do grupo, continuar a limpeza do balanço e reforço da sua presença nos mercados doméstico e internacional.
“A DBRS vê o plano estratégico do BCP como credível dado o progresso alcançado pelo grupo nos últimos 18 meses”, refere a agência num relatório sobre o BCP divulgado esta terça-feira.
Lembra que o BCP “pretende alcançar um ROE (Return on Equity, traduzido por rendibilidade dos capitais próprios) de cerca de 10% em 2021, sobretudo pelo crescimento das receitas no negócio de banca e reduzindo o custo do risco”.
Outra meta do BCP é reduzir o nível de crédito malparado que no final de junho último se situava em 3,7 mil milhões de euros.
“A DBRS considera esta meta alcançável dada a redução já efetuada pelo grupo desde o final de 2014”, adianta a nota.
O plano estratégico contempla ainda alcançar um rácio de distribuição de dividendos de 40% até 2021, com o pagamento de lucros aos acionistas a ser retomado em 2018, pela primeira vez desde 2010.
O BCP pretende ainda reforçar a sua presença na Polónia, África e China e desenvolver o seu negócio da banca privada na Suíça.
Em Portugal, o banco quer aumentar as suas receitas em 200 milhões de euros em 2021, sobretudo assente na estratégia de conceder crédito num total de 1,4 mil milhões de euros através de novos empréstimos à habitação e financiamento de pequenas, médias e grandes empresas.
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