//Deco: “É urgente que a fiscalização BdP volte a ser digna de confiança”

Deco: “É urgente que a fiscalização BdP volte a ser digna de confiança”

Para a Deco, “o mais importante é fazer tudo para que os avultados créditos em causa possam ser recuperados, de forma a que as instituições financeiras sejam capazes de ressarcir o Estado e os cidadãos pelo esforço desenvolvido em seu benefício”, disse Sónia Covita, coordenadora da área jurídico financeira da Associação de Defesa do Consumidor, ao Dinheiro Vivo.

“É também urgente que, de futuro, a concessão de crédito se desenvolva em moldes diferentes e que a fiscalização e a supervisão do Banco de Portugal voltem a ser dignas da confiança dos cidadãos portugueses”, adiantou.

“É com preocupação que temos acompanhado todas estas questões relacionadas com a existência de créditos incobráveis de elevados montantes e das consequências que, entre outros factos, têm no nível de solvabilidade das instituições financeiras”, afirmou.

Para a especialista, “é inquietante que tenha sido concedido crédito de forma pouco prudente e ao arrepio das regras que devem orientar a avaliação do risco correspondente”.

“Também a supervisão da atividade das instituições financeiras não terá sido a mais adequada, levando a que o Estado tenha sentido necessidade de intervir, através da injeção de milhares de milhões de euros na banca, o que teve importantes repercussões no erário público e, consequentemente, na vida dos contribuintes que, de forma indireta, se viram envolvidos em toda esta situação”, frisou.

Lamentou que “o dinheiro dos seus impostos foi utilizado nestas operações de salvamento dos bancos, em vez de serem canalizados para alguns dos setores em que o nosso país ainda apresenta carências”.

Lembrou que os clientes dos bancos “foram confrontados com o incremento dos custos dos serviços bancários, através da criação de mil e uma comissões, que tem merecido a dura crítica da Deco Proteste”.

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