//Deco lamenta falta de reforço de proteção de famílias com créditos

Deco lamenta falta de reforço de proteção de famílias com créditos

A Deco lamenta que as famílias com créditos não estejam mais protegidas face a situações em que deixem de conseguir pagar as prestações dos empréstimos.

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor continua a receber pedidos de ajuda de famílias que antecipam que em outubro já não vão conseguir pagar a prestação da casa ao banco, após o fim do prazo da moratórias públicas, que ocorre no final deste mês de setembro.

“Recebemos mais pedidos de ajuda de famílias que estão angustiadas porque antecipam que em outubro não vão conseguir pagar a prestação da casa”, disse aquela responsável da Deco. “Há bancos que estão a disponibilizar períodos de carência mas outras famílias não têm qualquer solução”, adiantou Natália Nunes.

A reação da Deco surge após o Banco de Portugal ter divulgado esta quarta-feira que o crédito ao consumo contratado nos primeiros sete meses deste ano disparou 8% face a igual período de 2020.

Para Natália Nunes, respondável pelo Gabinete de Proteção Financeira da Deco, a atual legislação “não é suficiente” para proteger os consumidores com créditos e que entrem em dificuldades. “Os bancos deviam ser obrigados a apresentar soluções aos clientes em dificuldades”, disse a responsável da Deco ao Dinheiro Vivo.

Para Natália Nunes, os consumidores continuam à mercê das instituições financeiras, as quais apenas são obrigadas a avaliar o grau de risco de incumprimento dos clientes.