A Deco-Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores considera que as medidas anunciadas pelos bancos para ajudar as famílias, como o adiamento do pagamento das prestações do crédito à habitação e a suspensão de algumas comissões, “são insuficientes”.
Para a Deco, “todos os bancos devem isentar os consumidores das comissões sobre as transações efetuadas online, em linha com aquilo que algumas instituições bancárias já instituíram para este período excecional”. “O mesmo deve ser aplicado ao MB Way, a aplicação de pagamentos móveis que permite, entre outras operações, fazer pagamentos e transferências instantâneas”, adiantou.
Outra medida implementada para incentivar os pagamentos digitais foi o aumento do valor máximo permitido nas operações através de cartões contactless para de 20 euros para 30 euros.
“São necessárias medidas mais efetivas, transversais a toda a banca”, refere a Deco numa análise divulgada esta sexta-feira.
Lembra que o Governo promete aprovar, até ao final do mês, legislação para uma moratória de capital e juros que permita às famílias suspenderem o pagamento das prestações do crédito à habitação e ao consumo.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) antecipou-se e vai permitir a carência de capital dos empréstimos por seis meses, mas deixa de fora os juros.
“Uma solução mais vantajosa para os consumidores seria um adiamento do pagamento da totalidade das prestações, que incluem, não apenas o capital, mas também os juros. Isto porque, se estes forem cobrados sobre capital que não está a ser amortizado, o custo total do empréstimo aumenta por essa via”, considerou a Deco.
Atualizada às 18H52 com mais informação
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