A Deco-Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera que a moratória nos créditos anunciada pelo Governo é positiva para as famílias em dificuldades devido à epidemia do coronavírus, indo além das propostas anunciadas por bancos.
A moratória, aprovada na quinta-feira, adia por seis meses o pagamento das prestações de créditos à habitação e de empresas e abrange um montante de 20 mil milhões de euros de prestações aos bancos.
A suspensão do pagamento de prestações, abrangendo capital e juros, visa ajudar as famílias e as empresas afetadas pela crise provocada pela epidemia que já provocou 60 vítimas mortais em Portugal e levou à paralisação de muitos setores de atividade.
“Numa primeira análise, a moratória do Governo vai ao encontro das nossas reivindicações. É uma medida positiva para as famílias ao contrário das anunciadas por bancos, que implicavam mais custos para os consumidores”, disse Nuno Rico, economista da Deco.
“Esta medida agora aprovada abrange a totalidade das prestações, incluindo capital e juros, e vai no sentido de prorrogar os prazos dos contratos, sem custos adicionais para os consumidores”, sublinhou.
Alguns bancos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos e o Crédito Agrícola, já tinham anunciado a adoção de uma moratória para famílias e empresas. Os bancos vão agora ajustar as suas medidas ao diploma do Governo.
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